quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Adeus



O mundo não para

ele gira

numa velocidade que lhe deixa tonta

zonza


transforma as palavras meigas

e sorridentes

por palavras duras e sem sorrisos

transforma o bom dia que pulsa como um grito

em um bom dia ameno


transforma o sonho em realidade

em uma realidade não pensada

não planejada

o futuro toma corpo

os objetivos,

missão


o dia que por muitas vezes amanheceu ensolarado

hoje acordou cinza

sem sorrisos

sem brincadeiras


a menina teve que virar

mulher

impor
reunir
ditar

estar do outro lado

que nuca imaginou ser seu

lugar frio, metódico,
impessoal


preferiria uma ciranda

uma amarelinha

entre papeis, e-mails, telefones

o dia passa


o não do pai e da mãe

numa infância tão distante

ecoa

na voz pulsante de quem

lhe cobra resultados

lhe cobra metas


A sua infância foi embora
...acho que ela não teve tempo de se despedir.

(escrito por Bruna Lugarinho)

2 comentários:

  1. dê graças pela falçta de tempo para se despedir. ironico, não?! muito bom!

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  2. belissima postagem, sensivel e mostra pra nós como o tempo muda e nem vemos... bjokas

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