quarta-feira, 21 de abril de 2010

♥"AS" de Copas♥

 
Meu soneto sem melodia 
Minha risada muda 
Meu “a ” escondido embaixo da saia

 
Meu cheiro
Seu corpo treme 
Você finge que não 
Recupera a respiração ofegante

 
Transforma eu e você 
Em um conto juvenil 
Me beija, me abraça 
Mas finge não querer me tocar 
Meu “a ” escondido embaixo da saia

Te provoca, te confronta
Teu contato é superficial
Paralisado pelo medo

O casal mais feliz
Explodindo de tesão
Tomamos nosso copo d´gua
Nosso boa noite carinhoso
adormecemos
Me embala em sonhos de mulher carente

No seu jogo da vida
No seu jogo de sedução
Falta uma carta
No seu baralho não tem o “a”
Agora essa carta é minha
Meu “a ” escondido embaixo da saia

É um quebra-cabeça incompleto
Falta a peça que define o sorriso
A peça que desafio o ego
Meu “a ” escondido embaixo da saia 

O jogo sempre tem  fim
Vencedor, perdedor
Me faz a proposta
Me pede o “a”
Te devolvo o encanto
Arranca o que é teu
Não precisa ter medo

 
Meu “a ” escondido embaixo da saia
Jogo de azar
Ganha quem tem estratégia
Eu fico com o seu “a ”
Você, baralho incompleto 

Eu nua
Você incrédulo
Seu olhos me comem
Seu corpo responde 

“a ” no chão 

Avança
Recua
É só uma carta
O que eu quero é redenção
Lençol, suor, pernas abertas
Baralho inteiro espalhado 
no chão.
 
 
(escrito por Bruna Lugarinho)

2 comentários:

  1. a saia rodada deixou de ser uma jogada de mestre e tornou literalmente um grito de "doze"

    um corpo bordado acerta a última aposta

    emapte, pq de orgasmo de dois, se faz um poema de amor.

    ResponderExcluir