segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Anjo


Com um compasso acelerado
Meu coração volta a pulsar
Meus olhos tentam enxergar as cores

Que eu perdi na ira da minha demência



No medo de perder algo que não se perde
No medo de escutar as palavras

Que meus atos ferem a quem quer me ver
Sorrir


Eu pisei nos meus sonhos

No sentimento alheio

Como uma criança mimada que cai,

Se machuca e bate os pés

Em uma atitude quase insana


Me joguei no chão

Pedi clemência

Ao ver o mais puro de todos os amores

Enxugando lágrimas


E da insanidade surgiu a realidade

Cacos, apenas cacos
Um tempo,
dois corpos

Olhos que fogem

Um corpo que se toca
sem abraços



Relógio, sapateado, relógio,
Relógio, pressa, relógio

Relógio, medo, relógio


Relógio, relógio,...


Um anjo me abraçou

O relógio caiu no chão

Junto com as lágrimas da menina solitária
Em um pedido de amparo
O sorriso de quem foi ferido

Transformou a decisão em oração


o anjo se foi,...


Mas com a certeza

De que duas almas
Predestinadas

Ficaram em paz





(escrito por Bruna Lugarinho)

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