Suzana está entre caixas, roupas para doações, papéis rasgados, bilhetes, cartas, postais, ela está colocando tudo em envelopes e caixas distintas! Toda mudança causa uma certa bagunça, é a busca pelo novo, mas pra ela está sendo traumático.
Venderam, venderam a casinha dela, venderam tudo, quer dizer, tudo não! Os móveis, objetos pessoais,..., Poderão ser levados, mas o tudo o que eu digo é o seu passado, as lembranças, a infância, como se isso tivesse valor monetário e estivesse embutido nos zeros do bendito contrato.
Afinal, era nesse quarto que ela batia a porta quando ouvia um não, quando queria chorar pelo menino bonitinho do escola, quando queria apenas estudar, quando reunia as amigas para um tarde gostosa regada a pipoca e filmes no estilo sessão da tarde. Era nesse quarto que ela brincava sozinha de Barbie, ou mesmo depois de uma viagem era aquele quarto que ela aguardava ansiosamente rever, era seu mundo e ponto final.
Agora é um cômodo, como assim um cômodo, ela não se conforma, ela chora, grita com a cabeça enfiada dentro do travesseiro como se fosse aquela criança que chorava quando seu pai dizia que não poderia vê-la no dia combinado.
Um filme passa pela cabeça de Suzana, ela sorri e pensa como nenhum amor que ela viveu e acabou, causou esse buraco que um “cômodo” está causando nela!
Desculpas, não é um cômodo apenas, é o mundo de Suzana.
A nova casa sim,..., será um lugar cheio de cômodos, cômodos e cômodos. Ela não terá mais tempo pra construir uma história bonita nesse cômodo novo que com muita tristeza ela vai tentar chamar de quarto. Ela anseia outros objetivos, ela também não terá tempo para curtir esse “quarto” novo, ela passa o dia inteiro fora divida entre os livros e o trabalho, ela não é mais uma menininha. Ela quer casar, e se ela casar? Será o “cômodo” mais rápido de sua vida, o “cômodo” estranho será estranho para sempre.
O tempo está passando, e parece que o a cada minuto o “cômodo amado” quer que ela fique, que ela não o deixe,..., ela sente quase que como uma promessa que ele nunca esquecerá dela. É um pacto, pacto secreto, só entre eles.
Suzana tenta abraçar o cômodo, como quem abraça um amigo que deixará saudades.
(escrito por Bruna Lugarinho)
Venderam, venderam a casinha dela, venderam tudo, quer dizer, tudo não! Os móveis, objetos pessoais,..., Poderão ser levados, mas o tudo o que eu digo é o seu passado, as lembranças, a infância, como se isso tivesse valor monetário e estivesse embutido nos zeros do bendito contrato.
Afinal, era nesse quarto que ela batia a porta quando ouvia um não, quando queria chorar pelo menino bonitinho do escola, quando queria apenas estudar, quando reunia as amigas para um tarde gostosa regada a pipoca e filmes no estilo sessão da tarde. Era nesse quarto que ela brincava sozinha de Barbie, ou mesmo depois de uma viagem era aquele quarto que ela aguardava ansiosamente rever, era seu mundo e ponto final.
Agora é um cômodo, como assim um cômodo, ela não se conforma, ela chora, grita com a cabeça enfiada dentro do travesseiro como se fosse aquela criança que chorava quando seu pai dizia que não poderia vê-la no dia combinado.
Um filme passa pela cabeça de Suzana, ela sorri e pensa como nenhum amor que ela viveu e acabou, causou esse buraco que um “cômodo” está causando nela!
Desculpas, não é um cômodo apenas, é o mundo de Suzana.
A nova casa sim,..., será um lugar cheio de cômodos, cômodos e cômodos. Ela não terá mais tempo pra construir uma história bonita nesse cômodo novo que com muita tristeza ela vai tentar chamar de quarto. Ela anseia outros objetivos, ela também não terá tempo para curtir esse “quarto” novo, ela passa o dia inteiro fora divida entre os livros e o trabalho, ela não é mais uma menininha. Ela quer casar, e se ela casar? Será o “cômodo” mais rápido de sua vida, o “cômodo” estranho será estranho para sempre.
O tempo está passando, e parece que o a cada minuto o “cômodo amado” quer que ela fique, que ela não o deixe,..., ela sente quase que como uma promessa que ele nunca esquecerá dela. É um pacto, pacto secreto, só entre eles.
Suzana tenta abraçar o cômodo, como quem abraça um amigo que deixará saudades.
(escrito por Bruna Lugarinho)
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