terça-feira, 7 de julho de 2009

A hora da partida.


- Que mala é essa?
- To indo embora.
- Pra onde?
- Na rodoviária eu decido.
- Como assim? Você ficou louca?
- Mais ou menos.
- E seus amigos, sua faculdade,...?
- Vão ficar aqui.
- Você decidiu isso quando?
- Há três meses.
- E por que não falou nada?
(silêncio)
- Me diz por que você planejou tudo e não me falou nada!!!
- Eu não planejei nada.
- Como não, você esta com uma mala, dizendo que vai embora, e me disse que esta -planejando isso há três meses!
- Eu decidi há três meses, mas não planejo há três meses.
- Não entendo a diferença entre planejar e decidir.
- Eu só vim me despedir.
- Mas você não pode. Eu sou sua mãe e não vou permitir.
- Você que me mandou embora.
- Eu? Você está louca! Você só pode estar brincando.
- Todas as vezes que arranhou a minha alma com sua palavras que me soavam como uma navalha na pele.
- Você esta exagerando
- O mesmo exagero que você cometeu me aprisionando nos seus preconceitos e no seu medo de viver, de enxergar cores, eu nasci e nunca vivi!
- Você esta me magoando falando desse jeito.
( porta batendo)


Na rodoviária Vivian sente medo e euforia, e tenta enxergar em cada pessoa sentada naquele terminal o por que de estar ali. Visitar parentes, ir ao encontro de um grande amor, viajando a trabalho, doença de algum ente querido,....Ela esta ali por apenas um motivo, ela quer ser feliz!
Olha rapidamente o orelhão e desvia o seu olhar. Seu ônibus encosta. Ela entra, senta e sorri. E ao ligar do motor do ônibus ela se benze.



(escrito por BRUNA LUGARINHO)



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